PASTORAIS

Pastorais, Serviços, Grupos e Movimento da Paróquia Nossa Senhora do Rosário

 

Grupo Terço dos Homens

Os iniciadores do Terço dos Homens.
As iniciativas de devoção popular exclusivamente masculinas não são freqüentes na Igreja Católica. O homem, sem dúvida, continua tendo um papel fundamental na sociedade e na família. Por isso, a proposta deste grupo tenta criar um espaço dentro do seio da Igreja para o crescimento do homem, para "desempenhar melhor a sua paternidade e a sua missão cristã". Rezando, cultivando seu espírito, o homem pode voltar a ocupar o lugar de pastor e mestre, como exemplo de Cristo.

Outra das coisas boas que têm estes grupos é facilitar o encontro entre iguais, a construção de vínculos de amizade sincera e assim fortalecer o seu papel de pai e esposo. Aí radica o porquê de uma oração exclusivamente masculina.
Fé com obras
Os homens do Terço são também homens de ação. A proposta destes grupos inclui também o acompanhamento a doentes nos hospitais e a recolha de alimentos e roupa para os mais pobres.

Os grupos de Oração do Terço de Homens surgiram primeiro em Maceió, onde o Terço se rezava mensalmente. Depois chegou à Paróquia Jaboatão dos Guararapes, em Pernambuco, a Nordeste do Brasil. Mas foi o Santuário de Olinda, Recife, onde antigamente se realizavam peregrinações Marianas, onde a iniciativa se multiplicou. 

Pastoral Familiar

Numa abordagem antropológica e sociológica, mais do que religiosa, afirmar a cidadania da família quer dizer reconhecer seu papel de sujeito na construção de uma nova sociedade e promover orientações de conduta inspiradas em critérios de solidariedade e de plena reciprocidade, características constituintes da família.

A Pastoral Familiar, portanto, é o esforço pastoral da Igreja visando não só defender e promover o respeito à dignidade da família, seus direitos e deveres, mas também chamar a atenção para a importância e centralidade da família como o principal recurso para a pessoa, para a sociedade e para a Igreja. Ela é o lugar onde mais se investe para o desenvolvimento de um país, já que a família é indispensável para o desenvolvimento das pessoas e da sociedade.
OBJETIVOS
Resumidamente, os objetivos da Pastoral Familiar consistem, inicialmente, na preparação dos candidatos para a vida matrimonial e familiar, bem como na evangelização e promoção humana, social e espiritual das famílias já constituídas.
A Pastoral Familiar parte da família real para a família do possível, sem perder de vista a proposta da família ideal, que é a família cristã, gerada a partir do sacramento do matrimônio e vivendo em forte unidade, harmonia e na gratuita e generosa solidariedade.

SUA IMPORTÂNCIA
O documento de Santo Domingo falou da “prioridade e centralidade da pastoral familiar na Igreja diocesana” (n.º 222). O Papa João Paulo II assim falou aos Bispos do Brasil:

“em cada diocese – vasta ou pequena, rica ou pobre, dotada ou não de clero – o Bispo estará agindo com sabedoria pastoral, estará fazendo investimento altamente compensador, estará construindo, a médio prazo, a sua Igreja particular, à medida que der o máximo a uma Pastoral Familiar efetiva”.

Diríamos que a organização da Pastoral Familiar, em nível diocesano ou paroquial, não é uma opção, é uma obrigação.

ECC

O QUE É O ECC?
O Encontro de Casais com Cristo – ECC – é um serviço da Igreja, em favor da evangelização das famílias. Procura construir o Reino de Deus, aqui e agora, a partir da família, da comunidade paroquial, mostrando pistas para que os casais se reencontrem com eles mesmos, com os filhos, com a comunidade e, principalmente, com Cristo. Para isto, busca compreender o que é "ser Igreja hoje" e de seu compromisso com a dignidade da pessoa humana e com a Justiça Social.

A evangelização do matrimônio e da família é missão de toda a Igreja, em que todos os fiéis devem cooperar segundo as próprias condições e vocação. Deve partir do conceito exato de matrimônio e de família, à Luz da Revelação, segundo o Magistério da Igreja (Orientações pastorais sobre o matrimônio – CNBB Doc. Nº 12) (DN-pág. 13)
COMO NASCEU?

Nasceu da inquietude de um sacerdote (Pe. Alfonso Pastore) que dedicou sua vida sacerdotal à Pastoral Familiar, à Pastoral da Saúde e à Pastoral Carcerária.

Teve início em 1970, na Paróquia Nossa Senhora do Rosário, na Vila Pompéia, em São Paulo-SP. Como disse textualmente o seu fundador: "Começou porque Deus quis, e a presença e atividade do ECC no Brasil são a prova da ação de Deus na humanidade"

O ECC HOJE
O ECC atualmente é uma realidade no Brasil inteiro, de norte a sul, de leste a oeste, estando presente e atuando em 223 (Arqui)Dioceses. Está estruturado nos 16 Regionais (divisão geográfica da CNBB).

O ECC contribui de forma efetiva para que as famílias se constituam como
“Igrejas Domésticas”,
“Formadoras de Pessoas”,
“Educadoras na Fé” e
“Promotoras do Desenvolvimento”,
tendo seu lugar insubstituível no anúncio e vivência do Evangelho,
pois o “FUTURO DA HUMANIDADE PASSA PELA FAMÍLIA”.

OBJETIVOS PASTORAIS DO ECC
O Encontro de Casais com Cristo – ECC - é um SERVIÇO da Igreja para evangelizar a família, primeiro núcleo de inculturação e da evangelização, “Igreja Doméstica” e “santuário da vida”, e para despertar os casais para as pastorais paroquiais, devidamente integrados na Pastoral de Conjunto da (Arqui)Diocese.

DESENVOLVIMENTO
O ECC foi idealizado pelo Pe. Alfonso Pastore para ser desenvolvido em três etapas distintas, indispensáveis, inter-relacionadas entre si, cada uma com características e finalidades próprias. Uma etapa prepara a outra e deve ser observada a partir de um crescimento de seus integrantes e de sua comunidade.

1ª ETAPA
É o momento evangelizador e missionário, é o despertar, é o chamamento aos casais afastados da Igreja. Esta etapa visa, principalmente: despertar os casais para que vivam seu casamento de uma maneira cristã, a partir dos valores humanos e cristãos do casamento, das graças do Sacramento do Matrimônio e da Espiritualidade Conjugal, Familiar e Apostólica; inspirar um maior relacionamento entre os cônjuges e demais membros da família; levar os casais da paróquia a atuar nos seus diversos setores, abrindo-lhes possibilidades de doação e, por meio do Pós-Encontro, dar-lhes motivação para se engajarem; criar a convivência fraterna nas paróquias como o grande apelo, a grande missão do ECC.

2ª ETAPA
Esta etapa pretende levar o casal a refletir sobre o verdadeiro sentido da fé batismal, para que ele viva plenamente a mensagem de Jesus Cristo; visa ainda a dar conhecimento aos casais dos Documentos da Igreja e das Diretrizes da Ação Evangelizadora, mostrando, finalmente, o que é “ser Igreja no mundo de hoje”.
3ª ETAPA
Esta etapa vai propor aos casais uma reflexão profunda, séria e adulta do homem que vive numa sociedade cheia de injustiças, de opressão, de miséria, de egoísmo, de dominação e de marginalização; leva os casais a refletirem sobre a dignidade da pessoa humana, criada à imagem e semelhança de Deus, e seu relacionamento com os outros homens, bem como as injustiças sociais que o impedem de ser “pessoa” e viver como cristão; preparar os filhos para a realidade do dia-a-dia, para o “ser” e não para o “ter”.

ESPÍRITO DO ECC
O ECC é um serviço-escola. Não é um movimento. Não visa prender a si os casais, nem os casais devem querer ficar presos ao ECC. Apresenta-se como um “SERVIÇO DA IGREJA ÀS FAMÍLIAS DA PARÓQUIA”. É essencialmente paroquial. Esta é a característica fundamental. Pe. Alfonso Pastore chega a dizer que “quem lhe retirar essa característica (paroquialidade) arranca-lhe a alma”. O ECC é feito de casais para casais. É ainda um serviço que procura apresentar aos casais uma visão da Igreja, por meio de seus Documentos e Encíclicas, e de sua Doutrina Social.

Espiritualidade - É a tônica do ECC e se fundamenta em 5 pontos básicos:
a) DOAÇÃO – essência da vida cristã;
b) POBREZA – atitude evangélica fundamental para se colher o Reino de Deus;
c) SIMPLICIDADE – atitude que se traduz num estilo simples, espontâneo e autêntico no relacionamento com os outros.
d) ALEGRIA – nasce da certeza da vitória do bem e é experimentada no encontro, na partilha, na doação, na comunhão com o outro.
e) ORAÇÃO – é uma relação pessoal do homem com Deus em Jesus Cristo.

Juntam-se as estes valores a FRATERNIDADE, a GRATUIDADE e a MISSIONARIEDADE.

Pastoral da Criança é uma rede de solidariedade formada por mais de 242 mil pessoas capacitadas, trabalhando voluntariamente no combate à desnutrição e à mortalidade infantil e colaborando para a melhoria da qualidade de vida das crianças brasileiras.

Especificando mais, podemos dizer que é um serviço de ação social da CNBB – Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, que acompanha gestantes e crianças em bolsões de pobreza e miséria, independente de cor, raça, crença religiosa ou política.


Pastoral da Criança
A QUEM A ATENDE TENDE
No ano de 2003, foram acompanhadas 1.329.262 famílias, 83.993 gestantes e 1.815.572 crianças pobres menores de seis anos de idade, de 36.422 comunidades em 3.757 municípios de todos estados brasileiros.

DE QUE FORMA
A Pastoral da Criança desenvolve uma série de ações básicas de saúde, nutrição, educação e cidadania em favor da gestante e do desenvolvimento integral da criança. Os familiares das crianças acompanhadas, especialmente as mães, aprendem a valorizar e a trabalhar com vigilância nutricional, a identificar problemas de desnutrição, fortalecer o aleitamento materno, alimentação enriquecida, controle de doenças respiratórias e diarréia, uso do soro caseiro, prevenção de doenças sexualmente transmissíveis e de acidentes domésticos, e outras ações que propiciam condições saudáveis para o desenvolvimento da criança. Como podemos perceber, a Pastoral da Criança desenvolve ações simples, baratas e que podem ser repassadas com facilidade.

OS LÍDERES
De todos os voluntários, 134.973 são líderes comunitários, pessoas simples, em sua maioria mulheres, que vivem nas próprias comunidades. Além dos líderes, 107.579 pessoas pertencem às equipes de apoio em serviço espalhadas por todo o país, somando 242.552 pessoas envolvidas.

Os líderes orientam as mães, gestantes e as famílias sobre como cuidar bem da criança, com técnicas acessíveis de ações básicas de saúde, nutrição, educação e cidadania, além de estimular os laços familiares e comunitários.

As principais atividades dos líderes são:
• Visitas mensais às famílias acompanhadas;
• Dia da Celebração da Vida, dia do mês em que líderes e mães se reúnem para pesar as crianças e celebrar as conquistas; e
• Reuniões Mensais de Reflexão e Avaliação entre os líderes, para a troca de experiências e avaliação do trabalho.

Pastoral do Batismo

A Pastoral do Batismo, citada em todas as paróquias do mundo após o encerramento do Concílio Vaticano II, objetiva preparar pais e padrinhos que irão batizar seus filhos e afilhados com idade até sete anos. Se a criança tiver de sete a quatorze anos, os pais devem procurar o grupo de catequese. Se o adolescente tiver mais de quatorze anos, ele deve procurar as pessoas que cuidam da catequese de adultos.





Grupo de Coroinhas
Algumas atitudes que são necessárias ao coroinha:
- Espírito de disponibilidade: estar pronto para ajudar.
- Espírito sensível: estar atento às necessidades.
- Espírito de equipe: ninguém constrói nada sozinho, muito menos a Igreja e o Reino de Deus. Portanto, no grupo de coroinhas não deve haver competição, mas ajuda, companheirismo e amizade.
- Espírito de fé: a celebração eucarística é o momento mais forte da vida da comunidade. É ali que todos celebram suas vidas, suas lutas pela justiça e a fraternidade. Por isso, o coroinha não está no altar como se estivesse fazendo um teatro. Ele está ali para ajudar a comunidade a rezar. Assim, deve participar da celebração com atenção e piedade.


Apostolado da Oração

O Apostolado da Oração constitui uma associação de fiéis que, pelo oferecimento diário de si mesmos, unidos ao sacrifício eucarístico e pela união vital com Cristo, colaboram na salvação do mundo.
Cada membro há -e ser salvador com Cristo Redentor.
Conseguem esse objetivo por meio do seguinte programa:
* Participação vital no Mistério Eucarístico.
* Culto ou espiritualidade do Coração de Cristo.
* Amor e devoção a Nossa Senhora, Mãe da Igreja.
* Preocupação de sentir com a Igreja.
* Assídua oração apostólica.
O Apostolado da Oração foi fundado em 3 de Dezembro de 1844 em Vals (França) pelo P. Francisco Xavier Gautrelet. S.J.
Desde a primeira aprovação dos seus primeiros Estatutos por Pio IX, até João Paulo II, tem sido recomendado por todos os Papas.
Entrou em Portugal em 1864.
Depressa se estendeu a todo o país, e está estabelecido em quase todas as paróquias, com cerca de um milhão de associados e uns 40 milhões em todo o mundo.
No Brasil, o primeiro centro do A.O. foi fundado no dia 30/06/1867, em Recife(PE), na Igreja de Santa Cruz, oficiada então pelos padres jesuítas.
O P. Bento Schembri, S.J. foi o seu fundador e primeiro diretor. No entanto foi apenas um centro local e isolado sem expressão nacional.
Mas depois na cidade de Itu.SP, o P. Bartolomeu Taddei, S.J. fundou então o primeiro Centro do AO em 01/10/1871, que havia de se expandir ao nível nacional, ficando ele considerado o fundador e o mais eminente propagador do AO no Brasil
Além dos simples associados, há também os membros ativos ou zeladores que unindo a oração e a ação se responsabilizam por um grupo de associados e exercem o apostolado mais conveniente à paróquia, sob a orientação do Diretor local, que habitualmente é o Pároco.
Sendo essencialmente diocesano, compete ao Diretor Diocesano, nomeado pelo Ordinário, erigir centros, nomear os Diretores locais, promover e desenvolver o A.O. na Diocese.
O Secretário Nacional impulsiona o A.O. no país, publica as revistas do movimento e fornece todo o material necessário.
Normalmente há sempre uma Intenção para cada mês, pela qual os membros do Apostolado da Oração oram e se sacrificam em reparação ao Sagrado Coração de Jesus.
Publicações Periódicas:
Mensageiro do Coração de Jesus (9.500); Oração e Vida (270.000 exemplares); Cruzada Eucarística (130.000); Clarim (45.000); Vida em Testemunho (5.000).
Todas estas publicações são mensais.
Pastoral da catequese
Tomar consciência do interesse e do lugar que ocupa a Catequese na vida da Igreja é muito importante. Pois, por um lado, facilita o diálogo entre os vários agentes. Não aconteça que perspectivas diferentes levem a que, com as mesmas palavras, entendamos realidades diversas. Isso seria factor de confusão e não nos permitiria avançar na reflexão e no trabalho em equipa. Por outro lado, só uma clarificação de conceitos permite que caminhemos na direcção certa ou nos aproximemos dessa mesma direcção.
Assim, a grande questão que hoje se nos coloca é: Qual o lugar da Catequese, como a actividade pastoral que envolve mais gente, na vida da Igreja?
Para lá chegarmos, comecemos pela realidade.


Pastoral Litúrgica

É tarefa desta pastoral organizar com competência e criatividade toda a ação litúrgica que acontece na comunidade, preparando pessoas, dividindo tarefas e criando aquele clima que ajude a vivenciar as sublimes realidades que devem nos conduzir a uma forte experiência de Deus e a nos engajar na transformação do mundo.

Serginho Valle, em seu livro “Pastoral Litúrgica”, oferece uma definição da pastoral: “Pastoral Litúrgica é o modo de organizar a comunidade, visando a formação litúrgica, a preparação e a realização de celebrações”.

• ORGANIZAÇÃO: articular toda a liturgia da comunidade distribuindo as responsabilidades às equipes.
• FORMAÇÃO: se não houver formação litúrgica das equipes e da própria comunidade, teremos uma comunidade que celebra sem vida.
• PREPARAÇÃO: a improvisação torna as celebrações chatas e pouco participativas.
CONCLUINDO

Pastoral Litúrgica ainda não é levada a sério por muitas comunidades que nem sequer têm equipes próprias para isso. Uma liturgia bem organizada, sem improvisações, é resultado de uma equipe que pensa, organiza, prepara e põe vida e arte em sua realização. Precisamos evitar, como diz Serginho Valle, a “pastoral do laço”:

Dez minutos, quando não menos, laça-se alguém que está chegando mais cedo para que faça uma leitura, escolha uns cantos, etc. Errado! A comunidade dos fiéis merece muito mais que isso. E Deus, a quem se deve honra e glória, merece ainda mais de nós!


Pastoral do Dizimo
Dízimo é uma Pastoral, uma catequese para todos sermos mais Igreja.
- Dinheiro e Dízimo não são a mesma coisa. Para dar dinheiro, basta tê-lo; para dar dízimo é preciso ter fé, conscientizar-se, é participar é viver o compromisso de fidelidade e amor a Deus por meio da comunidade.
Dízimo é uma pastoral.

A equipe da pastoral do Dízimo não pode ser considerada uma equipe secundária, ou um apêndice. Não se trata de uma equipe com a finalidade de captar recursos para a igreja ou administrar uma obra. Não se trata de um ato meramente financeiro-administrativo dentro de uma comunidade. E, isto sim, um trabalho Pastoral dentro da pastoral de Conjunto. É uma pastoral tão importante quanto a pastoral da Catequese, da Liturgia etc. Se a pastoral do Dízimo não vai bem, todas as outras são prejudicadas. A equipe, portanto, deve ter consciência de que esse é um trabalho pastoral. 

           EJC
Sabe que, às vezes, me pego pensando em como Jesus pôde se entregar na Cruz por nós. Ele, sendo Deus, sabe do que nós somos capazes. E o que eu pensei seguia esse pensamento: nós cuspimos Nele, nós O açoitamos, nós rimos diante Dele, nós não temos o mínimo respeito pelo que Ele passou, pelo Sangue que Ele derramou.
Se você pensa que sua reza diária (quando lembra ou quando tem tempo), seu terço (sonolento e repetitivo), suas idas a um grupo de oração (só reza quando tá lá), suas Missas (vivenciadas de verdade?), seu serviço durante um encontro de jovens (só durante 3 dias, e mais nenhum dos 365 dias do ano)… enfim, se você pensa que o que o que você faz “para ir para o céu” é suficiente, veja bem o que está escrito nos parênteses e se pergunte se isso pode mesmo ser suficiente. Se isso se compara ao AMOR que Deus tem por nós.
Daí você me interrompe, porque ouvir verdades dói, e me diz: “Mas peraí… Não podemos comparar o que Deus faz por nós com o que fazemos por Ele. Ele é Deus. Ele pode tudo. Somos míseros humanos falhos.” Será mesmo? Não foi Ele mesmo quem nos ensinou a Amar como Ele amou? A viver como Ele viveu? A ser um pouquinho só do que Ele foi quando esteve caminhando nessa terra, tão humano como eu e você? De fato, Ele é Deus. Mas Ele foi homem. Ele sabe o quanto é difícil.
E o outro lado desse questionamento é esse? Então o que eu faço não vale de nada? Não adianta de nada? Adianta, sim. Se for de verdade. Se for de coração. Se for com humildade. Se for com amor. Você tem feito isso? E agora pediria que fizesse essa análise. De verdade.
“Hoje eu quero rasgar meu viver”. Quantas vezes você não disse isso a Deus? E o quanto Ele te abraçou, alegre, enquanto você voltava em pedaços e maltrapilho, e te acolheu como um Pai? Então por quanto tempo você ficará dizendo por aí o que fez em serviço a Deus, e realmente o fará, por Deus?
Continuem com esse pensamento, porque agora vou acordar uma realidade que pode estar adormecida em muitos corações. Sim, eu sei que é verdade porque conheço corações assim, inclusive o meu.
“A menor intenção de ser melhor, já é amor. (…) Se à imagem e semelhança do Amor foste criado, então dos teus atos o mais sincero e natural é o teu amar”. Sim, amamos naturalmente, porém amamos o que nos convém. Amamos o que nos é mais fácil. Amamos ser servos do que achamos mais conveniente a nós. E, com pouca humildade, achamos suficiente isso e pronto. Sou de Deus. É mesmo? Tomemos cuidado.
Existem adorações verdadeiras, e existem adorações secas. Existem terços firmes e orantes, e existem terços repetitivos. Existem serviços sinceros e reais, e existem serviços hipócritas. Existem orações puras e sinceras, e existem orações da boca pra fora. Tudo isso numa só pessoa. O cristão vivencia essa dupla personalidade frequentemente. Cabe a nós, dia após dia, escolher que tipo de cristão queremos ser hoje. Se queremos ganhar, ou queremos perder a batalha para o pecado, e assim nos afastar de Deus, que nunca se afasta de nós.
Tendo dito isso, volto a atenção aquela palavra que citei no início. Ouvi muito isso, e vou repetir aqui: Jovem evangeliza jovem. Em qualquer lugar. Então por que colocamos dificuldades? Por que nos impedimos de evangelizar outros jovens? Por que, ao sermos convidados a um retiro, a um grupo de oração, usamos qualquer desculpa para evitar nosso medo de conhecer o Espírito Santo? Por que quando surge uma oportunidade de fazermos um Encontro com Jesus, somos ‘superiores’ e dizemos que não precisamos disso, como se não precisássemos de Deus? Por que nos é mais conveniente ficarmos com nossa realidade de cristãos superficiais, e não queremos avançar para águas mais profundas, seja em que profundidade for? E alguns têm a cara de pau de usar o termo “carisma” como desculpa (“meu carisma não é servir em encontros, não é rezar pelos outros”), como se nossa missão enquanto cristãos verdadeiros não fosse a de sermos adoradores, mas também servos; é sermos operários da messe, e sermos intercessores da humanidade. É uma junção: FÉ + OBRAS. Preciso repetir? Então tá: “A fé sem obras é uma fé morta” (São Tiago 2, 20).
Queridos, falarei da realidade a qual conheço muito bem. Durante três meses, enxergo quinhentas pessoas (a quantidade não é interessante, mas ainda assim deve ser dita) trabalhando, dedicando o seu tempo, tão apertadinho, suas noites da semana e seus fins de semana quase que completos, fazendo todo tipo de coisa, até mesmo coisas que, durante o seu dia a dia, não estão acostumados a fazer, aprendendo entre si, conhecendo outras realidades diferentes das suas, se estressando, esperando que tudo saia conforme personificado por cada grupo, unindo cabeças, pensamentos, ideias, coração, oração. E tudo isso para quê?
Para que duzentos jovens, de caminhada (aqueles que, dizem, já conhecem ou já tiveram seu encontro pessoal com Cristo) ou não, mas que se dispuseram a conhecer uma nova realidade, pessoas novas, o tal do Jesus e qualquer que seja o motivo que o fez se inscrever.., tudo isso para que esses jovens tenham a chance de reencontrar Aquele que nos faz sermos melhores, nos ama por igual, nos acolhe, nos abraça, nos dá força, e nos renova. Aquele que não nos julga, mas se compadece. Que nos perdoa por sermos tão fracos e superficiais, e sempre nos desperta do “sono do servo arrefecido”, ou seja, nos traz nova chama para sermos servos melhores.
Se isso não é amar, não é evangelizar, não conheço outro significado. Uma vez ao ano, temos a chance de sermos modificados e não ficar mais na superficialidade. Se você é servo, lute para que sua chama, aquela chamada Espírito Santo, se mantenha acesa dentro de si. Saia de sua realidade, avance para águas mais profundas. Adore, mas também sirva. Reze o terço, mas também evangelize. Fuja de seus medos e se entregue a Deus sem barreiras. Saia da superficialidade de ser servo apenas durante três dias, ser adorador apenas no sábado, de ser frequentador da Missa, ser servo apenas no que te convém, e vivencie o verdadeiro sentido de servir a Deus, de rezar com Deus.
Foi no EJC que relembrei meu encontro pessoal com Deus. Que relembrei o que Ele passou para que eu fosse salva. Que relembrei o significado verdadeiro de servir com um sorriso mesmo tendo sido tão difícil. Foi lá que vi que existiam pessoas que dedicavam seu tempo corrido para que pessoas como eu (de caminhada, mas que não tinha ideia nenhuma do que era ver Deus em um serviço, em outra pessoa a não ser Aquele do Sacrário) tivesse a possibilidade de avançar mais profundo, de ser também imagem e semelhança de Jesus através do serviço.
O tema do meu encontro (2005) foi “Amar-te, e dar a vida só por ti”. Mas desde então, eu aprendi e entendi que “Tudo Posso Naquele Que Me Fortalece” (tema 2006), que “não me atrevo a um passo só sem teu amparo, sem teu apoio” (música tema 2007), que “Nada Poderá Nos Afastar do Amor de Deus” (tema 2008), que “Se Cristo Vos Libertar, Sereis Verdadeiramente Livres” (tema 2009), que “Nada temas, pois eu te resgato, eu te chamo pelo nome, és meu” (tema 2010) e que “Necessário vos é nascer de novo” (tema 2011).
Fazemos tudo isso por pessoas que nem conhecemos, no sentido de que daremos a elas a oportunidade e a possibilidade que tivemos no nosso EJC. Muitas delas farão parte de nossa vida, e muitas delas nunca mais voltarão a nos ver. E isso está ok. Os frutos não são para serem vistos, mas para a glória de Deus. “Sentido na vida minha alma encontrou”. E, dentro de cada um desses anos, conhecemos, vivemos, sentimos, entregamos, servimos, fomos servidos, sorrimos, choramos, amamos.
Servir é amar. A palavra banalizada é amar. Porque não amamos o difícil. Não amamos o que nos é custoso. “Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor” (I São João 4,8). Servir sem rezar é o mesmo que estar no meio do deserto sem ninguém. Adorar sem se doar ao outro, suando, é o mesmo que está definhando no egoísmo de não querer mostrar Deus ao outro. Amar.
Para mim, e para muitos, é isso o que significa EJC. Alguns dizem que o EJC é porta de entrada. Porém nós que somos parte dessa família sabemos que é mais que isso. Bem mais que isso. Não é Encontro de Jovens com Cristo somente para os que fazem o encontro. Pelo contrário. É renovação para os que servem também, e reavivamento (“E esse avivamento não se acabará, não se acabará, não se acabará…”).
É onde servimos durante três meses (e não três dias), para que, junto aos que viram o nosso amor ao fazer isso naqueles três dias (e eles veem isso especialmente naquela parte final… olha o sigilo, Joana!), possamos preparar uma caminhada na fé durante o resto do ano. É onde realizamos nossas obras. Pode ser pouco para alguns, mas é de coração. E o que vem do coração não é nada mais que amor.
Jovem! Saiamos da superficialidade e sejamos amantes. Acima de tudo, é tudo para Deus. Sejamos firmes nas nossas orações, e sejamos fortes nas nossas obras. Assim, de fato, podemos construir um caminho rumo ao Senhor. E levar mais uns duzentos jovens conosco. Amém.

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